Para todos os efeitos, tenho menos uma entrada no corpo. O meu acesso direto foi, esta terça-feira, retirado...finalmente. Não fica nostalgia, nem saudade. Apenas um desconforto e uma dorzita sempre que espirro. O problema é que espirro muito.
É uma cirurgia leve, rápida e normalmente sem complicações. Mas, como o seguro morreu de velho, e o cateter estava ligado à artéria subclávia esquerda, é feito no bloco operatório e com sedação.
Enquanto não chegava a minha cirurgiã, fui trocando umas mensagens com amigos. Não havia nervosismo, apenas uma vontade de entrar e tirar o dito cujo. Ao fim de 3 anos, já cansava ter a enfermeira Maria José a picar-me o peito todos os meses para limpar o cateter. E nada contra a enfermeira que é uma excelente profissional...é mesmo contra as agulhas, as borboletas, heparina, etc etc.
Acordei bem disposta do propofol e pronta para voltar para casa! Fase 1 de fecho de ciclo está feita, agora é só esperar uns dias para isto cicatrizar.
Sim, era o dia dos namorados, mas isso pode ser todos os dias. Um dia, quando perder o juízo de vez, faço uma tatuagem com um coração em cima desta cicatriz...
Antes e depois para quem tem curiosidade ou quem vai ter de meter um cateter. É simples no dia a dia e ajuda imenso nos tratamentos e na preservação das nossas veias dos braços.
No fundo, estou feliz por ter tirado o cateter. Significa coisas bem mais além do próprio cateter.
Carpe diem.
Beijinho,
Vera
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