2 meses e 2 dias após a cirurgia e ainda ando entretida com esta vida de "dondoca" das plásticas.
Tinha eu estimado inicialmente que já estaria quase "fit" nesta altura. Deve ser por estas e por outras que ainda não ganhei o Euromilhões. Não acerto lá muito nestas coisas da adivinhação...
As fibroses e aderências têm-me dado o que fazer. Depois de o novo membro estar em condições de ser mexido, iniciamos a fisioterapia diária e as drenagens e massagens para lhe dar alguma flexibilidade e mobilidade, porque formou-se muita fibrose e houve aderências dos tecidos ao músculo peitoral e às costelas. Limitou a amplitude do braço e a sensação de algo não natural no peito. Uma espécie de implante de silicone que não tenho, na verdade.
Entretanto, com a minha querida fisioterapeuta Mónica a massacrar-me diariamente e com os tratamentos de laser e "vácuo" pela simpática Ágata, já se notam bastantes progressos e mais naturalidade nos tecidos "transplantados".
No entanto, ainda vou sofrer mais uns tempos. A fisioterapia vai prolongar-se até que eu consiga parar de ameaçar a integridade física da fisioterapeuta sempre que ela me puxa ou estica certas zonas.
A segunda cirurgia ainda vai demorar, porque este corpinho esbelto precisa de se recompôr primeiro. Comecei já ontem a fazer exercícios para fortalecer a parte muscular e recuperar a forcinha:)
De resto, tal como no cancro, coisas positivas resultam da cirurgia. Já vou sozinha para o Porto, muito ao estilo robocop, com as estradas para o hospital memorizadas. Se um dia tiver de fazer um desvio, alguém me vai buscar lá ao meio, please.
Beijinho,
Vera
Ps- O basquetebol persegue-me desde que a Rita se apaixonou pela modalidade. Diz-me o médico fisiatra na semana passada que eu devia lançar umas bolas de basquetebol para ajudar a libertar os músculos do peito!
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