Quando se tem um blog sobre um cancro raro, não se espera
alcançar grandes recordes de audiência, nem as receitas de publicidade que
algumas bloggers conseguem por esse país fora. Os números do acesso para leitura são mais ou menos constantes. Vou escrevendo, partilhando
ansiedades, medos, esperanças e informações que podem ser úteis a alguém,
eventualmente.E quando sei que fui útil, fico feliz, caramba.
O feedback da “audiência” é tímido, mas tão enriquecedor.
Saber
que a minha experiência, a minha falta de pudor em falar de mamas velhas e
novas, de cancro, de medos e de esperanças pode ser um alento num momento menos
bom de alguém é o que me faz continuar a escrever, mesmo estando já no 4º ano
pós-tratamento choque. E quando me dizem que o 5º ano é a meta, eu sorrio e
esclareço…o cancro inflamatório da mama deve ser seguido até ao 10º ano. Um pouco
mais e o desgraçado entra para a universidade.
Vou recolhendo informação, conselhos a nível de alimentação, desporto,
estilos de vida, mas por vezes falta o tempo para sentar e escrever. Em breve, uma nova
etapa…vou entrar no mundo dos “tatuados".
Bjinho,
Vera
PS. A título de curiosidade: há 4 anos atrás, meados de maio e ainda em quimio (ainda faltavam 4 para a veia) , e já começava a renascer a minha bela cabeleira :)
É a coisa que menos nos importa, mas ficamos muito felizes quando sentimos que temos qualquer coisa a ocupar o seu devido espaço!
É a coisa que menos nos importa, mas ficamos muito felizes quando sentimos que temos qualquer coisa a ocupar o seu devido espaço!
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