Quando somos diagnosticados com um cancro raro (em que há pouca informação) e somos curiosos, andamos sempre nisto...pode até nem parecer saudável aos olhos de muita gente, mas é vida! Cada um gere as suas ansiedades e expetativas como bem entende.
O caráter raro dificulta o investimento em investigação acerca do cancro inflamatório da mama, mas vai havendo alguma, especialmente nos EUA e há alguns artigos que vão positivamente contrariando as estatísticas e os prognósticos reservados que são associados a este bichinho.
Saiu recentemente mais um artigo acerca da radioterapia pós-mastectomia no tratamento deste tipo de cancro (ver aqui). Felizmente, após o começo conturbado no primeiro hospital, tive a benção de cair nas mãos de um super-médico, que estava a par das recomendações mais recentes para o tratar.
Hoje ao preparar o meu super dossier médico para uma junta médica, deparei-me com as notas e o relatório final da radioterapia. As minhas 26 sessões de radioterapia diária foram intensas, mas vividas com a calma possível, aquela que está intimamente ligada com o "tem de ser".
52 Gy (gray), em frações de 2 Gy, 5 vezes por semana, 26 dias. Segundo o relatório, eu apresentava um "eritema acentuado na parede torácica" no fim das sessões. Segundo a minha memória, era churrasco mesmo e nada agradável, mas nestas lutas, servem todas as armas e algumas são insubstituíveis.
Bjinho,
vera
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