Um mês e dois dias após a cirurgia, voltei a ter "vida social", ainda que ainda com um bocado de receio de cair, de alguém me dar um encontrão ou qualquer coisa do género. Não há planos de recuperação perfeitos, tive já algumas complicaçõezitas espontâneas, por isso não quero provocar quaisquer outras. No entanto, hoje foi dia de alguma normalidade pré-operatória.
A Costa Nova hoje estava mais agradável do que em alguns dias de verão. A praia e o sol estavam ótimos, deu até para molhar os pés e tentar aumentar os meus níveis de vitamina D.
Eu, a Rita, o charmoso e o meu "espartilho" a apanhar sol!
Depois de uma reconstrução TRAM, é recomendado o uso de uma cinta (aka espartilho, objeto de tortura, espremedor, torturete, etc.), por um período que pode ir até largos meses após cirurgia, mínimo 3-4 meses, segundo consta. Ainda só passou 1 mês e eu já tenho pena das mulheres da era vitoriana e outras que vestiam coisas apertadas debaixo da roupa por sistema...
Só se pode tirar a cinta para dormir, o que dá uma média de 16h diárias com o estômago colado às costas, costelas a empurrar os pulmões e barriga semi-comprimida a tentar ajustar-se à falta de músculo (uma parte do músculo é usada para "alimentar" a nova zona).
Supostamente é uma questão de hábito e, de facto, consigo caminhar quase direita e sem dores com a "torturete" vestida. Mesmo assim, vestir uma cinta tamanho 32 pode ser uma tarefa herculiana em alguns dias, especialmente nos primeiros dias pós-cirurgia, em que eram precisas duas pessoas para me vestirem a dita cuja. Hoje em dia já a consigo colocar sozinha, em frente ao espelho...enquanto isso, penso em todas as mulheres que usam isto só para ter a cintura mais delgada e imagino que devem estar mesmo desesperadas...só pode.
Bjinhos,
Vera
Ps. Aproveitem o sol e verifiquem os níveis de vitamina D.
Esta vitamina é muitas vezes desvalorizada pelos médicos, mas interfere em inúmeros processos no nosso organismo, desde controlo de inflamações, articulações, reumatismos, síntese de hormonas, etc.
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