Falar sobre cancro...pois!
Falo muito sobre o cancro, seja o meu ou outros. Conheço intimamente
o meu e dou uns toques acerca de outros. Muita informação inútil
neste cérebro!
Muitas vezes, no momento do diagnóstico, depois de passar aquele
primeiro susto, precisamos de ouvir experiências, pessoas reais que
saibam entender o medo e o pavor do desconhecido e da incerteza.
Tenho falado com algumas pessoas, a maioria provavelmente não devo
ter o prazer de conhecer pessoalmente pela distância que nos separa.
Mas isso não significa que não seja criado um laço com essas
pessoas. São laços virtuais, muitas vezes mais fortes que muito
físicos.
Nesta minha aventura, conheço também casos mais próximos, que me
fazem pensar na injustiça na distribuição dos cancros. Não sei
quem a faz, mas devia repensar seriamente a sua estratégia!
Se com dois dedos de conversa e um chá conseguimos ajudar alguém,
se os conseguimos ajudar a tranquilizar, sabe bem. Ficamos a pensar
em como podemos ser úteis aos outros, como quando um dia alguém o
foi para nós.
Não há nada que garanta que vai correr bem, nem ninguém o pode
assegurar, eu muito menos. Mas quando sei que estão a ser tratados,
ou vão ser tratados, pela equipa que me segue, fico simplesmente
aliviada e feliz pelas pessoas. Os anjos da guarda podem ser
partilhados, afinal de contas.
E sei que o Dr. Leal, a Dra. Teresa, a
enfermeira Maria José e a Licínia de tudo farão para que te sintas
sempre bem enquanto por lá andares, querida L.
Agora vamos a luta!
Bjinho
vera
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