Tenho muito pelo que agradecer.
Tenho muito a quem agradecer.
Obrigada pelas dezenas de mensagens e manifestações de carinho por mais um aniversário!
Agradeço de coração. Fazer anos não é mais do que completar um ciclo, continuar a vencer as contrariedades, admitir as derrotas, saborear as vitórias e seguir em frente. A perspetiva é simples, como tudo devia ser. Simples como os cabelos brancos que vão surgindo!
O ano passou a correr. Uma entrada apenas no blog, num ano em que o COVID nos continuou a condicionar os movimentos e a escrita, pelos vistos. Tem sido um ano rico em leituras, em obras e na horta.
Escrever menos no blog significa igualmente um maior distanciamento do cancro, aquela coragem ousada de quem diz "já passou" ou "está quase", ainda que persista alguma dor e ainda me arrepie de cima a baixo sempre que o cheiro dos restaurantes H3 me chega ao nariz (nunca comam hambúrguer depois de quimioterapia). Exames semestrais têm mantido o foco no futuro, o foco na esperança e na vontade de fazer os 80 anos, pelo menos.
Ainda hoje comentava no café, com duas moças simpáticas, que as perspetivas de vida mudam após certas coisas na nossa vida. Não é só conversa. São as prioridades que se redefinem quando a linha fica torta debaixo dos pés.
Gostava que algumas pessoas conseguissem mudar perspetiva sem ter de sentir o tapete a fugir debaixo dos pés...talvez assim conseguíssemos ser mais amigos, mais tolerantes, mais solidários...na prática, mais pessoas!
Um abraço, cuidem-se e sempre alerta a sintomas. Prevenir não custa e remediar sai-nos sempre mais caro em todos os sentidos.
vera
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