terça-feira, 30 de maio de 2017

One in a Million

A Terry hoje pediu a todas as mulheres do grupo para divulgar o cancro inflamatório da mama e todo o trabalho que a fundação financia. Precisamos de financiar mais investigação, mais ensaios clínicos, porque o facto de ser raro, retira-lhe toda a prioridade em termos de financiamento. 

Se tiverem 12 minutos, ouçam este vídeo dela, o porquê de estar a fazer todo este trabalho e de divulgar os sintomas deste tipo de cancro, de financiar investigação dedicada, de dar voz a quem foi mal-diagnosticada ou a quem já morreu.

Só para registo, aqui em Portugal, já expliquei este tipo de cancro a muitos profissionais de saúde...médicos inclusive!




O vídeo da Terry gravado hoje
https://www.facebook.com/terry.lynn.arnold/videos/10212360753349680/

Mais acerca da rede
https://www.theibcnetwork.org/

Mais acerca da campanha por financiamento de investigação
https://www.firstgiving.com/huntforhope/one-in-a-million

Beijinho,
Vera

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Ad eternum.

Sim, presume-se que a fisioterapia me vai acompanhar por muitos anos, e isso será um ótimo sinal, se é que me entendem.

Sessão número 26 desta série pós-reconstrução a começar daqui a bocadinho.  Braço muito mais funcional, aderências e fibroses a cederem lentamente, mas a ceder.

Tenho de ver o copo sempre meio cheio, senão perco a minha sanidade mental. Tanta gente por aí que só vê os copos meio vazios, sem necessidade nenhuma.

Beijinhos
vera


Ps. Ignorando as dores físicas, o que magoa mais na fisioterapia é quando chamam por "vera mónica" no corredor.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Aparências

Lição do dia: não julgar um livro pela capa!

Hoje de manhã, estou eu na fisioterapia a fazer os meus exercícios e vejo um senhor já nos seus 70  anos, ou mais talvez, na bicicleta de mãos sem saber ligar a dita cuja.

Aqui a boa samaritana levanta-se e vai lá ajudar o senhor a iniciar o exercício. Volto as costas e penso que ele vai iniciar devagarinho, com pouca vontade de completar o exercício, como muitos dos outros pacientes que lá vejo.

Tinha eu terminado esse exercício com cerca de 77 rpm, sem o meu braço se queixar, e eis que quando me volto a sentar no meu exercício, vejo o senhor a "pedalar" a alta velocidade (78-79 rpm), cheio de vida e com um à vontade natural.

Amanhã vou ter de me esforçar, pelo menos para o conseguir acompanhar e não perder a corrida!

:)
Vera

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Porquê divulgar?

Em 2013 andei às aranhas por causa de um "problema" na mama que não era facilmente identificável, vi médicos a espantarem-se pelo seu rápido crescimento e progressão, senti que era uma espécie de bicho de 7 cabeças a quem um sub-tipo raro de cancro de mama estava a atacar.

Esse sub-tipo é raro, maioritariamente desconhecido e perigosamente rápido a atingir o seu fim. Nestes últimos dias, temos recebido quase diariamente notícias menos boas nos fóruns americanos e britânicos que sigo.

Sei que vale a pena continuar a falar sobre o cancro inflamatório da mama, porque ainda esta semana me disseram que viram o meu post e que não conheciam este "bicho". Mais uma mulher informada, mais uma que estará mais alerta para as alterações do peito.

Já falei em posts anteriores sobre o cancro inflamatório,  também conhecido por mastite carcinomatose... e volto a relembrar os seus sintomas através da imagem. Dizem que valem por 1000 palavras.


Cuidem-se.

Bjinho,
Vera

Ps: As fibroses continuam a ceder, com muito trabalhinho meu, da fisioterapeuta Mónica (CMM Aveiro) e da terapeuta Ágata nos Lusíadas-Porto. Aguenta corpo, já faltou bem mais para atingir uma pseudo-normalidade.

terça-feira, 9 de maio de 2017

Fibroses, aderências e fisioterapia!

2 meses e 2 dias após a cirurgia e ainda ando entretida com esta vida de "dondoca" das plásticas.

Tinha eu estimado inicialmente que já estaria quase "fit" nesta altura. Deve ser por estas e por outras que ainda não ganhei o Euromilhões. Não acerto lá muito nestas coisas da adivinhação...

As fibroses e aderências têm-me dado o que fazer. Depois de o novo membro estar em condições de ser mexido, iniciamos a fisioterapia diária e as drenagens e massagens para lhe dar alguma flexibilidade e mobilidade, porque formou-se muita fibrose e houve aderências dos tecidos ao músculo peitoral e às costelas. Limitou a amplitude do braço e a sensação de algo não natural no peito. Uma espécie de implante de silicone que não tenho, na verdade.

Entretanto, com a minha querida fisioterapeuta Mónica a massacrar-me diariamente e com os tratamentos de laser e "vácuo" pela simpática Ágata, já se notam bastantes progressos e mais naturalidade nos tecidos "transplantados".

No entanto, ainda vou sofrer mais uns tempos. A fisioterapia vai prolongar-se até que eu consiga parar de ameaçar a integridade física da fisioterapeuta sempre que ela me puxa ou estica certas zonas.

A segunda cirurgia ainda vai demorar, porque este corpinho esbelto precisa de se recompôr primeiro. Comecei já ontem a fazer exercícios para fortalecer a parte muscular e recuperar a forcinha:)

De resto, tal como no cancro, coisas positivas resultam da cirurgia. Já vou sozinha para o Porto, muito ao estilo robocop, com as estradas para o hospital memorizadas. Se um dia tiver de fazer um desvio, alguém me vai buscar lá ao meio, please.

Beijinho,
Vera

Ps- O basquetebol persegue-me desde que a Rita se apaixonou pela modalidade. Diz-me o médico fisiatra na semana passada que eu devia lançar umas bolas de basquetebol para ajudar a libertar os músculos do peito!