Hoje, um pouco por todo o país, foi dia de prestar homenagem a uma pessoa que muito fez pela ciência em Portugal, falecida na sexta-feira passada. Desta vez, não omitiram a palavra, pelo menos que li acerca do assunto. De facto, o prof. Mariano Gago não sofria de "doença prolongada", disseram mesmo cancro. Estranho como se mascaram as coisas para parecerem mais leves, menos susceptíveis de ferir os ouvidos mais sensíveis.
Foi um gesto simpático por parte das universidades e centros de investigação por todo o país. Enquanto aguardávamos pela hora marcada para a homenagem, em suposto silêncio, dei por mim a pensar enquanto estava a olhar para aquela gente toda ali reunida por uma pessoa que morreu. O cancro assusta toda a gente, agitando as consciências, nem que seja apenas por um bocadinho até uma coisa trivial nos fazer esquecer do "bicho".
Tirando isso, cabe a todos nós agir para evitar o dito cujo. Quantas mulheres dali fazem os exames à mama regularmente, quantos acima dos 50 anos fazem colonscopias, quantos fumam cigarros atrás de cigarros? Mesmo que apenas reduzamos a probabilidade de contrair cancro em 1%, é menos esse o risco que corremos. Ganhamos em saúde e em anos de vida se nos auto-controlarmos e soubermos entender o nosso corpo e os sinais que ele nos dá.
Sente-se o cancro como uma inevitabilidade, quase como um abutre a pairar as cabeças e a decidir onde vai cair. Não tem de ser assim e era nisso que eu matutava enquanto a minha companhia me dizia que eu estava a apanhar muito sol :)
Adoro o sol e preciso de vit. D.
Todos precisamos.
Bjinho
Vera
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