Há bocado, antes de ir dormir para casa da vizinha, a Rita
escreveu-me este poema, como ela o chamou.
Coisas tão simples, de uma menina que ainda não aprendeu as letras todas,
mas que não conseguia exprimir o que estava a sentir.
"Eu sou a Rita.
A menina que adora a mãe.
Que tu gostas?
Para a mãe"
Porquê dormir em casa da vizinha a meio da semana? Porque
tenho de dar entrada no hospital amanhã às 7h, no Porto, ou seja vamos sair
muito cedo de casa e assim ela dorme descansada, espairece a cabeça com a amiga
e esquece as coisas que uma criança de 6 anos não devia sequer ter de sentir.
Abraçou-me várias vezes. Perguntou se lhe ligava amanhã e
quando vinha para casa. Engoli em seco e ri-me, tentando disfarçar um certo nó
na garganta. Claro que falaremos, claro que o papá e ela se vão divertir sem mim
em casa a controlar o que comem, ou por onde deixam as tralhas.
É lixado não termos o poder de os poupar destas merdices da
nossa vida.
Dizem que crescem com estas coisas, que ganham maturidade. É
verdade, mas tinham tempo para isso.
Enfim, amanhã começo uma nova fase do meu pós-cancro. Assim
que possível, darei notícias.
Wish me luck!
Bjinho,
Vera
Hals und Beinbruch!!! Vou "enviar" muitos pensamentos positivos. Recebi hoje uma mensagem em homenagem à semana da mulher, mas que eu acho te fica muito bem:
ResponderEliminar��Mulher é mesmo interessante!
Mesmo brava, é linda!
Mesmo alegre, chora!
Mesmo tímida, comemora.
Mesmo nervosa, é apaixonante!
Mesmo apaixonada, ignora!
Mesmo frágil, é poderosa!
E tu és super poderosa. Muitos beijinhos,
Rita
Somos, porque tu és igualmente um exemplo de superação. Beijinhos
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