segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

A cabeçada simpática :)

Na semana passada repeti o modo "exames e mau humor". Na sexta-feira, lá fui eu, qual maria segura e formosa para o Hospital da Arrábida. Sou sempre recebida com um sorriso, aliás, vários sorrisos que me fazem sentir mais do que uma cliente, sinto-me "acarinhada" pela equipa que já me acompanha há 2 anos. As minhas visitas mensais começam sempre na Licínia, que sempre simpática e afável, trata de toda a parte de registo e entradas, com um sorriso sempre pronto. É fácil criar empatia por profissionais assim. Obrigada pela constante simpatia.

Esta sexta-feira a rotina foi alterada. Primeiro fui fazer alguns exames para verificar o "status quo". A segurança que tenho vindo a ganhar andava meia esbatida, com uma persistente dor no peito desde há alguns dias, bem perto da zona irradiada. Claro está que não comentei com ninguém, porque sempre tinha de ir a consulta na sexta já via a dor com o oncologista, o meu querido anjo da guarda.

A dor, quase mais em tom de incómodo do que propriamente dor, era só, repito só, quando respirava. O resto do tempo estava bem...mas quando me deitava parecia que tinha alguns quilos em cima da caixa torácica. O que passa na cabeça de um doente oncológico com estes sintomas? Ahahahaha...não queiram imaginar.

O Raio-X ao tórax não mostrou nenhuma costela fraturada, nem o esterno, nem nada "quebrado". Como o meu médico da imagiologia me disse em tom de brincadeira, só se notou a ausência da mama, o resto está tudo bem. Perfeito!

Em conversa com o meu querido oncologista, depois de excluídas as hipóteses de fratura, passamos à exclusão de potenciais causadores dessa dor...teria eu esbarrado contra alguma coisa, batido com alguma coisa no peito....uhm....lembrei-me de uma cabeçada da Rita e das estrelas que vi nesse momento. Raios partam, porque raio não me lembrei eu dessa cabeçada antes...teria evitado umas quantas divagações.  Pois, terá sido essa cabeçada que me pisou e fazia esse "aperto" ao respirar. Entretanto, a sensação foi-se diluindo e estou quase normal.

Fiquei a saber nesta consulta que é comum haver costelas rachadas no período pós-radioterapia, uma vez que os ossos podem ficar fragilizados. Evitar cabeçadas daqui para a frente!  Como o assunto dos ossos veio à baila, depois do Raio-X, da ecografia abdominal e das análises ao sangue, ainda fui fazer a minha primeira densitometria. A hormonoterapia pode provocar a descalcificação, por isso há que vigiar para evitar males maiores.

Foi assim esta minha revisão mensal, animada e pacificadora de mentes.


Na acupuntura a estimular o meu sistema imunitário)

Bjinho,
Vera

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